Por Odair Pereira
O esporte, principalmente o mountain bike, na minha opinião é mais do que um hábito para um atleta, seja ele amador ou profissional. É um estilo de vida. Digo isso com segurança, pois dedico minha vida a essa modalidade há mais de 20 anos, dentro e fora das trilhas.
Independente de ser um atleta pró ou amador, os cuidados ideais com o equipamento devem ser sempre observados. Por isso, separei umas dicas para quem se sente preparado para migrar de uma hardtail para uma full suspension, visando preservar seu equipamento e manter sua segurança nos treinos e competições.

O que o ciclista precisa saber? Quais cuidados deve tomar? Algumas dicas são similares as de hardtail, que já citei em um texto anterior. Porém, existem outras bastante especÃficas, como é possÃvel ver abaixo:
1- Necessidade de maiores cuidados antes de treinos e competições: se você realmente considera migrar para a full suspension, é importante salientar que a manutenção e os cuidados serão maiores que uma hardtail, obviamente. Assim como as possibilidades de ajustes, conforto e segurança em situações mais extremas de pilotagem.
 2- Amortecedor traseiro e suspensão dianteira: partimos do princÃpio que você comprou sua Spark para poder ir mais rápido, com maior segurança e estabilidade em trechos técnicos, por exemplo. Isso já reforça a necessidade de fazer os ajustes ideais de pressão e de retorno do amortecedor traseiro e suspensão antes do seu primeiro treino com a bike. As revisões periódicas ou preventivas são de suma importância para que o seu equipamento continue te proporcionando segurança e conforto ao longo do tempo. Seu mecânico deve ter as ferramentas corretas e em bom estado para desmontar, limpar e lubrificar os rolamentos, buchas e pivôs da balança traseira, além de ter o cuidado de mantê-los ajustados no torque Ideal. O manual da sua Spark tem uma página com o quadro de torque ideal para os parafusos da sua bike.
Observação: consulte sempre o seu manual para os ajustes e esclarecer suas dúvidas além de entender os limites do seu equipamento.
3- Mão de obra qualificada: ferramentas especÃficas e conhecimento técnico qualificado são necessários para uma revisão adequada da sua Spark. Por esse motivo é sempre recomendada a revisão com um mecânico com formação, capacitação e equipamento certo para realizar a manutenção na revenda autorizada. Ao adquirir sua Scott Spark, solicite que seja feito uma aferição nos apertos dos parafusos de toda a bike com torquÃmetro, e aproveite para ajustar a pressão de amortecedor, suspensão, posição de guidão freios, e altura do selim. Os fabricantes, de uma maneira geral, usam pouca graxa para a montagem das bikes e peças, por isso eu pessoalmente recomendo fazer uma revisão de acordo com o uso. Por exemplo: em regiões mais secas, com trilhas e estradas empoeiradas, as articulações precisarão de atenção mais cedo. O mesmo em situação de muita lama e chuva onde a atenção seria necessária para evitar o acumulo de lama e ferrugem.

4- Entendendo seu equipamento: eu sugiro que o proprietário exija o manual de compra na revenda autorizada (toda bike 0 km vem com o manual). Você vai encontrar informações como a recomendação de revisões periódicas. O manual da suspensão indica a quantidade de horas de uso ideal até a revisão preventiva. Essas informações também estão disponÃveis no site dos fabricantes normalmente, ou você pode consultar sua revenda autorizada.
Estou com a Scott através da IGP há mais de vinte anos. Para a linha 2017 a marca oferece quatro modelos diferentes de mountain bikes full suspension. São elas: Spark RC 900 (29â€) e Spark RC 700 (27,5â€) 100mm de curso na dianteira e traseira, com modelos em carbono e prontas para competição. E a linha Spark 900 (29â€) e Spark 700 (27,5â€) com modelos em carbono e alumÃnio com um perfil mais confortável para XC e Trail, e 120mm de curso na dianteira e traseira.

A marca suÃça ainda possui a linha Genius e Genius Plus, com modelos somente em carbono. Quer saber mais? Confira no link.
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Odair PereiraAtleta multicampeão da Scott nas modalidades XCO/XCM. Atualmente, usa uma Spark 700 RC, competindo na categoria Master. Ele divide o tempo como Fisioterapeuta e Suporte Técnico Interno da IGP. |